segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ciclo de Sábados: "Falando com quem Faz: Respostas Diferenciadas no âmbito dos PIT: uma experiência"


Decorreu durante o último Sábado mais uma iniciativa da PIN - ANDEE, desta vez não pude estar presente mas o resumo ficou assegurado e cheio de qualidade...

"No sábado, dia 22 de Maio a Pin-ANDEE, dinamizou mais um “Falando com quem faz”: O Sol quente de Primavera não afastou os mais de cerca de quarenta participantes para partilhar uma temática pertinente: Respostas Diferenciadas no âmbito dos PIT, uma experiência de uma escola de segundo e terceiro ciclo, partilhada por Jorge Humberto.

O dinamizador iniciou a partilha, com a citação de Mittler (2003) referindo que “o sucesso de qualquer sistema educativo inclusivo ou exclusivo, pode ser melhor pulsado pelos jovens que o estão deixando”, salientando deste modo, que a escola deve dar o seu melhor contributo com a melhor preparação possível. Dentro de uma perspectiva de escola inclusiva que se preconiza, referiu a Inclusão como o objectivo da eficácia na conjugação dos recursos para o envolvimento e participação plena de todos os alunos, porque a inclusão é mais que aprender todos juntos, é oferecer ambientes de aprendizagem adequada, mas promovendo sempre opções educativas de acordo com cada aluno.

A questão que nunca se pode colocar é que não se pode transitar um aluno por não ter as competências essenciais, o mais importante é que ele acompanhe ao máximo as actividades da sua turma num total envolvimento na vida escolar.

Foi ainda salientado a importância da equipa de toda uma instituição no envolvimento de actividades que privilegia em primeiro lugar o tempo e actividades dos alunos com Currículo Especifico Individual, existindo neste projecto diferentes oficinas (Culinária; Jardinagem; Costura; Bricolage), tendo como objectivo principal existir sempre um produto final, valorizando assim a aprendizagem no contexto tornando-a significativa. Estas oficinas têm um propósito crucial na funcionalidade, sendo os apoios antecipatórios em relação à turma e às actividades desta e não compensatório em relação à funcionalidade, de modo a contemplar a plena participação, mesmo em aprendizagens funcionais. Apresentou ainda os leques diversificados de soluções e recursos (humanos e físicos) para a implementação deste projecto.

Com o seu humor peculiar, o dinamizador foi referindo que mais do que preocupado com a legislação ou com um documento normalizado, o mais importante é fazer o que tem que ser feito, ou seja, a necessidade de executar na prática o melhor possível para bem dos alunos que acompanhamos.

Em jeito de conclusão, refiro que de facto as práticas educativas só são verdadeiramente avaliadas quando os alunos saem da escola mais do que quando estão nela, no sentido de nos preocuparmos com as oportunidades que proporcionamos aos alunos com que trabalhamos.

Para além dos recursos, tempos e espaços, o que mais realço nesta partilha é a eficácia e os factores promotores na pertinência da exequibilidade deste projecto, salientando-se aqui o papel da direcção da escola na aposta prioritária a este projecto, a importância fundamental do recurso humano com perfil, dos envolvidos que planificam atempadamente para que as actividades funcionem! Sabe-se e foi referido que muitos professores, dão da sua boa vontade para dar mais tempo à escola, porque muito do que foi apresentado vai para além do que um docente faz no seu horário.

Como questões finais e ainda sem resposta, foi lançada à discussão a transição destes alunos num futuro inclusivo com direito a trabalharem numa empresa ou a aquisição da habitação própria! Porque estas respostas têm que se prolongar para além da realidade educativa."

4 comentários:

  1. ....Voto de confiança. Obrigada!!:)
    Foi de facto uma partilha enriquecedora!!

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  2. Voto de confiança não...apenas constato um facto ;)

    A PIN-ANDEE está de parabéns...sem dúvidas uma das melhores que já encontrei...

    Bjs

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  3. Este tema é muito pertinente, porquanto talvez seja dos temas que mais angustiam os pais. O que fazer no fim da escola? Percebemos uma quase inexistencia de respostas adequadas e dignas, pelo que a preocupação é imensa e precoce. Saber destas preocupações e interesse da parte dos professores é "melodía" para os ouvidos de qualquer pai. Que consigam ter a força suficiente para ir mudando a sociedade é o meu mais sincero desejo... e acredito que lentamente assim será. Bem haja para esta vossa união.
    Abraço,
    Cristina

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  4. Para esta "nossa" união...As famílias estarão sempre presentes nesta importante "batalha"...

    Escola e Família como aliados...só assim poderemos atingir tão importantes desafios.

    Abraço

    Nelson

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