quarta-feira, 4 de maio de 2011

Menino desenha monstros para pagar tratamento do cancro


Uma criança norte-americana encontrou na pintura a força que precisava para lutar contra um cancro e impedir que a casa dos pais fosse vendida para custear o tratamento. Na cama do hospital, Aidan Reed, de cinco anos, pintou 2460 "monstros" que o ajudaram a arrecadar mais de 20 mil euros.

A história de Aidan Reed, de cinco anos, é uma lição de vida, daquelas que deixam até os menos sensíveis com lágrimas nos olhos. No passado mês de Setembro, o miúdo do Kansas, Estados Unidos, foi diagnosticado com uma leucemia, que, segundo os médicos, tem uma alta taxa de cura, a rondar os 90%.

Depois da confirmação da doença, o menino foi submetido a um tratamento de quimioterapia e a outros procedimentos dolorosos para uma criança. Uma situação muito difícil para os pais, que também se viam cada vez mais endividados com as despesas do hospital.

A casa da família Reed foi a primeira a "sentir" os poderes devastadores do cancro, tendo sido posta à venda para pagar o caro tratamento de Aidan. Os Reed estavam num beco sem saída.

A solução encontrada foi "explorar" um dom do menino: a arte de desenhar. A tia da criança, Mandi Oisten, colocou os desenhos do miúdo à venda num site, que poucos dias depois se tornou um enorme sucesso.

"'Meu número de sorte é 60, então eu decidi que iria vender 60 desenhos', disse Ostein, que depois teve de transformar a sua casa numa "gráfica", devido ao enorme volume de encomendas provenientes do mundo inteiro.

"Fiquei chocado com o sucesso dos desenhos. Acho que para o Aidan tem sido uma boa distracção da doença", disse o pai do menino, Wiley Reed, à "BBC".

Se por um lado os desenhos de Aidan não respeitam os padrões básicos da "arte", até pela sua tenra idade, as suas pinturas expressam o sentimento puro de uma criança, que nesta fase da vida só pensa em divertir-se com monstros e palhaços, e não tem tempo para encarar a doença como se fosse o fim da vida.

No total, foram vendidos 2460 desenhos, angariando uma quantia de 30 mil dólares (20 mil euros), o suficiente para pagar a conta do hospital e cancelar a venda da habitação da família.

"É absolutamente inacreditável. Somos moradores de uma pequena cidade norte-americana. Este tipo de coisa não acontece connosco", disse Ostein.

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