sexta-feira, 28 de março de 2014

A minha leitura da redução do número de docentes

No dia 25 de março no Blog de Ar Lindo foi publicado um post, que partilhei aqui no dia 26.

O título desse post era: "Confirma-se uma redução ligeira..." e era apresentada uma tabela comparativa, dos anos letivos 2012/2013 e 2013/2014 entre o n.º de alunos, professores e técnicos.

O autor deste post alertou no final do mesmo para as seguintes questões:

"Porque gosto de transparência nos números não posso deixar de dizer que me surpreende que numa amostra de 229 agrupamentos sejam apenas considerados nos exemplos 28 agrupamentos de escolas (anexo 2) e nesses 28 agrupamentos existem menos 47 docentes do que em 2012/2013 (a totalidade de redução dos 229 agrupamentos). Isso quer dizer que os restantes 201 agrupamentos mantiveram o mesmo número de docentes da educação especial?

E quem vai ligar a esta queixa?"

Tal como o Arlindo considero que a transparência dos números foi colocada em causa!!!

Se estivermos mais atentos e verificarmos os números da tabela (relembro que estes números eram referentes à amostra):

-  o número de alunos aumentou em 568 alunos ;

- o número de professores diminui em 55 professores (aqui, para além da "Colocação tardia de docentes da EE (...)temos de acrescentar o "Número insuficiente de docentes da EE (solicitados pelas escolas com base no levantamento de necessidades, mas não colocados").

- o número de técnicos aumentou 53 professores; (no entanto no próprio relatório é referido que "Apesar de o número ter aumentado, os órgãos de gestão referem a forte redução do número de horas desses técnicos para apoio aos alunos com NEE." e neste ponto tenho de acrescentar que venho defendendo, juntamente com alguns colegas, que os Agrupamentos de Escolas é que deveriam colocar esses técnicos de acordo com as reais necessidades dos alunos.

Embora tenha feito uma breve revisão dos dados apresentado considero fulcral que se faça um estudo a nível nacional. 

Estando nós a viver um período de alteração de legislação seria importante que antes de se fazer essa alteração se fizesse uma avaliação séria do atual estado da Educação Especial em Portugal!!!

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