quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Só 1% dos sites das escolas públicas cumprem regras de acessibilidade

Uma análise da Universidade Portucalense confirmou que apenas 0,53% de 954 sites de escolas portuguesas segue têm boas ou excelentes práticas de acessibilidade.

A legislação já tem 15 anos – mas tarda em impor-se nas escolas públicas portuguesas. Pelo menos, é essa a conclusão a que chegou um estudo de investigadores da Universidade Portucalense sobre a aplicação de requisitos e mecanismos de acessibilidade que facilitam o uso da Internet por pessoas com necessidades especiais. De acordo com os investigadores da Universidade Portucalense apenas 1% dos 954 sites de escolas públicas analisados respeita as regras da acessibilidade.

O comunicado da Universidade Portucalense refere ainda que «os resultados apurados são pouco encorajadores já que, para além do número de escolas que apresentam o símbolo de acessibilidade ser residual (1%), apenas 0,53% são classificadas de muito boa ou excelente prática».

Além das boas práticas da acessibilidade, a equipa liderada pelo investigador Victor Henriques analisou os conteúdos de 305 escolas da Direção Regional de Educação do Norte (DREN). Esta vertente de estudo teve por base a avaliação de acordo com 174 critérios relacionados com a identificação e a descrição da escola, corpos diretivos, cursos e currículos de estudo, quadro docente, atividades extracurriculares, pesquisas, blogues, entre outros itens em análise.

«Mais de 48% dos sites das escolas não apresentam a sua oferta formativa e mais de 57% não mostra o seu plano de estudos», refere em comunicado Victor Henriques, apontando uma das conclusões obtidas durante à análise dos conteúdos publicados pelos vários sites das escolas públicas do Norte do País.

Além da publicação das datas de atualização do site e do contacto do administrador, Victor Henriques faz uma recomendação diretamente para o Ministério da Educação: «Relativamente ao URL, não existe nenhuma recomendação ou orientação do Ministério da Educação, permitindo que cada escola tenha a autonomia de escolher o seu domínio, no entanto, recomenda-se a escolha do domínio EDU.pt, uma vez que é o que corresponde aos sítios web educacionais portugueses. No estudo foi possível observar que apenas 11,48% das escolas da DREN utilizam este domínio».

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