quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Câmara de Lisboa vai criar programa para fomentar a inclusão escolar

A Câmara Municipal de Lisboa vai criar um programa para a inclusão escolar e empregabilidade jovem, no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa, anunciou esta quinta-feira o vereador dos Direitos Sociais. "Vamos desenvolver um programa de inclusão escolar", afirmou o vereador dos Direitos Sociais durante a inauguração da segunda Escola SOMOS, inserida no Programa Municipal de Educação para a Cidadania Democrática e Direitos Humanos.

No final da iniciativa, João Afonso explicou (...) que este programa se insere no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa e que o "objetivo é trabalhar várias dimensões da inclusão". "Vamos olhar o problema da inclusão social na sua origem [com jovens em idade escolar] e, depois, o passo seguinte é trabalhar com quem sai da escola e não tem emprego", referiu. João Afonso frisou também que o objetivo é trabalhar estas duas realidades em conjunto ao nível do diagnóstico, das medidas a aplicar e também da medição de resultados.

Apesar de não querer precisar quantos jovens o programa irá abranger, nem quando poderá ser posto em prática, João Afonso avançou que estará envolvida uma verba de dois milhões de euros, comparticipada em partes iguais por fundos comunitários e pela autarquia. O autarca precisou ainda que a Câmara está a estudar com o Governo a melhor forma de aplicar o programa.

"O objetivo é que seja uma política pública e que seja sustentável" no futuro, referiu, acrescentando que a intervenção "será maior onde há problemas de maior desigualdade" já identificados. A inauguração da segunda Escola SOMOS contou também com a presença do Secretário de Estado da Educação, João Costa.

Esta edição, que começa esta quinta-feira e decorre até quarta-feira, destina-se à comunidade escolar e terá 60 participantes. "O objetivo é trazer os direitos humanos para dentro da escola", afirmou o vereador João Afonso, acrescentando que "a escola SOMOS é dedicada a todos". Numa primeira fase, este programa irá formar multiplicadores, que terão a missão de "transmitir conhecimentos de forma disseminada, fluindo naturalmente", indicou o vereador perante os novos formandos.

O autarca disse também que a Câmara Municipal "lançou um concurso público para selecionar um parceiro que faça a organização destes cursos, alguém que vai gerir a bolsa de formadores e as ações que forem necessárias". Por seu turno, o secretário de Estado da Educação defendeu que "este programa é um sinal da inteligência do município", pois "alia inclusão e educação".

"Temos de pensar a escola na perspetiva de formadores de cidadania", sublinhou, acrescentando que esta é uma matéria "central no currículo" escolar. Aos formandos, João Costa desejou que "sejam multiplicadores muito poderosos", e que Lisboa "possa servir de exemplo e ser multiplicador para outros municípios".

Já a diretora do Agrupamento de Escolas de Alvalade, onde irá decorrer esta escola SOMOS, frisou a importância de iniciativas focadas nos direitos humanos. "Os jovens têm preconceitos e ideias formadas, por isso é importante que os professores encontrem espaços e tempo nas escolas para discutir com eles direitos humanos", considerou Dulce Chagas.

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